A pesquisa contribuirá ainda para fomentar a cultura de monitoramento e avaliação no Estado e nos municípios amazonenses. Para isto, o conhecimento científico gerado com a pesquisa busca soluções integradoras de uma gestão mais comprometida com a saúde dos seus usuários. Isso significa rever os processos de trabalho institucionais de forma compartilhada e colaborativa junto com os órgãos responsáveis pelo setor saúde: SES AM, FVS, COSEMS, SEMSA Manaus e gestores municipais de saúde, parceiros desta proposta.

Assim, serão aplicações viáveis da parte do projeto de intervenção a produção e disponibilização de “pool” de tecnologias com potencial de formação permanente dos gestores para o sistema de saúde amazonense, tal como a pactuação da gestão regionalizada a partir da sistematização dos indicadores para a fortalecimento de uma política de regionalização e com fins a melhor regulação dos serviços no interior do Amazonas e na relação com Manaus (a única que possui serviços de alta complexidade no Estado).

Uma aliança para a sistematização de informações em saúde e do conhecimento baseado em evidência gerado serão produtos concretos para o desenvolvimento do SUS no Amazonas. Além disso, existe possibilidade da criação de uma linha de pesquisa e disciplinas correlatas em “planejamento e avaliação em saúde” no programa de pós-graduação strictu sensu liderado por instituto de pesquisa em saúde na região, ainda inexistente na Fiocruz Amazônia. Isso permitirá uma aproximação entre saberes, ou seja, dos conteúdos acadêmicos juntamente com o conhecimento técnico-operacional, qualificando o instituto de pesquisa como centro colaborador de temáticas relacionadas à saúde coletiva e gestão de serviços. Tal desdobramento pode oportunizar negociações acerca de turmas de mestrado profissional no Amazonas. Não obstante, serão aplicações do projeto a formação de futuros sanitaristas com enfoque na gestão eficiente em saúde coletiva, e em políticas publicas baseando em evidência.